quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Uirapuru-Verdadeiro

                            
                                                           UIRAPURU - VERDADEIRO


O Uirapuru verdadeiro é uma ave canora, conhecida pelo canto bastante elaborado, é também conhecido como músico ou corneta. O termo uirapuru é uma designação comum a diversas aves florestais dos Troglodytidae e dos Pipridae, especialmente as do gênero Piprade.
Existem duas subespécie do Uirapuru verdadeiro, Cyphorhinus arada arada, a mais comum e a Cyphorhinus Arada Modulator.
O nome Uirapuru é termo originário da língua Tupi-guarani "Wirapu'ru"e aplica-se também a outros Trogloditíneos e Pipríneos amazônicos, é um pássaro famoso pelo seu canto e pelas suas lendas.
A mais interessante é que parte de sua pele, ou o pássaro empalhado, é utilizado pelas pessoas como talismã para trazer sorte na vida e no amor, o que é uma das causas do pássaro encontrar-se em extinção, a outra é  devido ao desmatamento causado pelo homem.
No ano de 1917 o maestro e compositor Heitor Vila Lobos compôs uma sinfonia intitulada "Uirapuru" inspirada no canto dessa ave.
MITOLOGIA: Conta uma lenda que quando o Uirapuru canta todos os outros pássaros se calam para ouvir, mas ele nem sempre foi um pássaro, e que a muito tempo atrás existia uma tribo em que duas índias eram apaixonadas pelo cacique, como ele não decidia qual delas seria sua esposa resolveu fazer um desafio, aquela que com a flecha tivesse melhor pontaria seria a escolhida. A vencedora casou-se com o cacique, a outra chamada Oribici perdeu e muito chorou. Tupã, o grande deus, com pena dela, a transformou num pássaro para que ela pudesse ficar perto do seu amor, mas ela vendo a felicidade dos dois, resolveu voar para as terras do norte do Brasil, indo parar nas terras amazônicas.
HABITAT: Habita as florestas úmidas tanto de terras firme como de várzea. É nativo da América do Sul, Guianas, Venezuela, Colômbia, Peru, e Bolívia, podendo ser encontrado em toda a Amazônia Brasileira, exceto no alto do Rio Negro e na região oriental do rio Tapajós.
ALIMENTAÇÃO: Principalmente insetos e frutas.
REPRODUÇÃO: Faz seu ninho com raízes e folhas e costuma escondê-lo em folhagem densas. Nos meses de outubro e novembro, o choco dura em media 15 dias e a fêmea coloca de 2 a 4 ovos.
CANTO: Ambos os sexos cantam, porém, os machos cantam melhor e seu canto tem duração entre 5 a 10 minutos, em geral ao amanhecer e ao entardecer. Seu canto é bastante melodioso, como se fosse emitido por uma entidade divina, isso apenas durante um período de 15 dias por ano, podendo ser curto e forte quando pretende defender seu território, ou longo e melodioso quando sua intenção é de atrair uma companheira.
DIMORFISMO SEXUAL: Tem uma plumagem simples, pardo avermelhada, com a garganta e o peito em vermelho vivo. Possui listas brancas na face e costas estriadas de marrom. Mede de l2 a 12,5cm. de comprimento. Nessa espécie não existe diferença entre machos e fêmeas, sendo que em outras aves do gênero o disformismo sexual é bastante acentuado.
A diferença entre as subespécies do Uirapuru verdadeiro é que a Cyphorhinus Arada Arada é a mais comum, medindo 12 centímetros de comprimento e suas listas brancas nas costas são mais claras, já a Cyphorhinus Arada Modulator, possui estrias  marrons nas costas e mede 12,5cm de comprimento, e possui o canto mais melodioso que a primeira espécie.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Rouxinol

                                                                 ROUXINOL

O rouxinol é um pássaro conhecido pela pureza de suas notas e pela variedade de suas melodias, pertence a família dos Turdidae. Seu nome cientifico é Luscinia Megarhynchos, também classificado como pertencente a família dos Muscicapideos, que são pássaros restritos ao velho mundo (continente Europeu).
O rouxinol é um símbolo do amor e dos sentimentos, porém, apresenta um íntimo laço entre o amor e a morte, quem ouvir seu canto jamais o esquecerá. Encontramos seu simbolismo vinculado à algumas obras como Romeu e Julieta, onde ele é o cantor da noite que se finda, a Odisseia de Homero e Orfeu e em sonetos de Shakespeare. É considerado o símbolo dos poetas, capaz de entoar 260 sequências diferentes por mais de duas horas sem repetir qualquer uma.
Seu canto melodioso tem a função de sedução quando é usado durante a noite e, de madrugada, antes do nascer do sol, serve para defender o seu território contra pássaros da sua mesma espécie.
Estudos de ornitologistas mostram que esse pássaro já nasce com uma predisposição para o canto.
Por ser um pássaro muito tímido, costuma esconder-se entre as vegetações.
Alimentação: Trata-se de um pássaro onívoro, sua dieta consiste em sementes, frutas e insetos.
Procriação: Costuma procriar em florestas da Europa e do sudeste da Ásia. É em Berlim (Alemanha) onde está a maior concentração desse pássaro.
Dimorfismo sexual: Não existe diferença entre os sexos, ambos possuem castanho claro em cima, exceto a cauda ligeiramente avermelhada, e branco sujo na parte inferior, chega a medir entre 15 e 16,5cm de comprimento.
Período de incubação: O período de choco é geralmente de 13 dias, onde o mesmo constroem os seus ninhos no chão próximos de arbustos fechados e chegam a tirar ninhada entre 4 e 6 filhotes por ano.
Distribuição: Florestas e moitas na Europa e no Sudoeste da Ásia, mais ao sul do que seu parente mais próximo, a Luscinia Luscinia, por ser uma espécie migratória passa o inverno no sul da África.
Canto: Como nas maiorias das aves as fêmeas não cantam, porém reagem com sensibilidade ao cantos de seus pretendentes, como já foi citado acima possuem um canto bastante melodioso.
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